sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

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A noite então fomos com ele na casa de um amigo, passamos num restaurante abandonado, vimos a lua nascendo uma cena muito linda que não vou esquecer, depois ele nos levou no chalé de um amigo,que estava abandonado com uma decoração muito linda, depois fomos na casa de outro onde ele fez um macarrão muito bom com manga e um molho maravilhoso,ai foi batendo de novo o medo de tudo dar errado e nem sabíamos onde estávamos,qual era o lugar podia acontecer algo de errado lá e nossa! Por que agente tinha aceitado a carona de um desconhecido e contado nossa história, ele sabia que não tínhamos ninguém pra nos defender, poderia acontecer algo ruim lá e ninguém ficaria sabendo, liguei imediatamente



pra um amigo e contei onde estávamos e o Erico percebeu, falei que queria ir embora,ele perguntou se estávamos com medo eu não respondi ele nos levou em casa chateado pois percebeu que sim, falou que tinha adorado nos conhecer mas que agente não precisava ter medo dele, chegamos na casa com medo, queríamos ir embora naquela noite mesmo tínhamos passado dos limites, o que estávamos fazendo? Era as nossas vidas que estava em jogo, agente tinha se arriscado de novo por um prato de macarrão?

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Dia do maçarão



Como não tínhamos dinheiro pra ficar gastando resolvemos ir de carona até a praia, e conseguimos com um táxi o motorista riu muito de nossa história, não









acreditou que duas meninas com cara de tão riquinhas estavam duras e viajando de carona, falou que éramos doidas essa frase começou a ser a mais escutada do dia. Tomamos banho nos divertimos, tentamos pegar carona até outra praia quando veio dois senhores italianos nos pedirem informação

Falamos onde queríamos ir,mas eles iam em casa fazer um almoço

E depois voltariam e nos convidaram a fome foi maior e aceitamos com um pouco de receio, começamos a subir uns morros estranhos e me veio um baita medo de tudo começar a dar errado, mas logo estávamos num condomínio particular muito bonito, o lugar era lindo e eles começaram a fazer uma pasta muito boa, tomamos um vinho chileno e eu e Paty olhávamos uma pra outra não acreditando que estávamos num lugar tão bonito comendo tão bem, mas bateu um medo de aquele almoço sair caro, e foi quase isso que aconteceu se agente não tivesse dado um chega pra lá neles, mas não tiram a razão afinal duas meninas aceitarem ir assim é de se desconfiar, então pra não deixar a situação chata , falamos que tínhamos que ir embora pra casa de nosso tio, e eles nos levaram embora assim na maior educação e ainda convidaram agente pra jantar, mas como não queríamos ser jantadas prometemos uma a outra não aceitar, paramos na praia e pegamos carona com um rapaz que trabalha fazendo coquetéis num bar, contamos nossa história e ele combinou de apresentar a cidade pra gente, paramos num bar tomamos uma cerveja e contamos o que tinha acontecido e ele não nos chamou de doidas achou normal.

Mas quem disse que tudo tem que ser planejado ?

Sem lenço sem documento.



E sem dinheiro foi essa a palavra que Paty me disse quando

Viu que não tinham depositado o dinheiro na conta dela. Como assim? O meu dinheiro dava somente pra comer uma ptzza e o que tinha na conta dela também, uma risada grande tomou conta da gente um desespero bateu forte, mas a risada continuava, como agente era ingênua! Sem dinheiro na Bahia! E agora o que fazer perguntou minha prima como se eu tivesse a resposta certa afinal eu que tinha dado a idéia de ir eu que era a responsável por tudo,

Então com toda a segurança do mundo eu disse: _ vamos comer!

E o riso foi total agente ria de não conseguir ficar em pé, Paty

Ainda tentou me convencer que não poderíamos gastar quase metade do nosso dinheiro, mas a fome deu a decisão final,

E então comemos e voltamos pra casa que seu Nilton nos emprestou pedindo com toda a humildade pra passar aquela noite lá

Ele não só permitiu com disse que ficaríamos lá até quando quiséssemos, era do patrão dele e ele não tinha dia pra voltar, então dormimos juntas e felizes, numa casa com tudo agente tinha um teto, lençóis limpos e tive a certeza que foi um anjo que providenciou aquilo tudo, pois era só o começo das tantas coisas inacreditáveis que iriam acontecer.

Foi difícil dormir foi difícil acreditar que tinha sido tão fácil, tão seguro, do jeito que eu imaginava. Agente se olhava de felicidade desde criança fomos amigas, planejamos tantas coisas, viemos muito mais e agora agente morávamos juntas, e tinha uma história pra contar, que nem imaginávamos como ia acabar, mas que desejávamos que terminasse tão bem como havia sido aquele dia

Nem tudo é como planejamos

Depois conhecemos um velhinho muito centrado que vivia viajando pra cuidar das suas fazendas e disse que ter muitas coisas na vida dava trabalho, nesse dia fiquei feliz por estar ali aprendendo tanta coisa com a vida dos outros ele até entrou no ritmo parou no posto e tentou pedir uma carona pra gente, tirou foto e tudo muito fofo ele, e a carona seguinte foi com o caminhoneiro mais moderno da estrada, seu caminhão era todo decorado de pelúcia azul, ele disse que agente tem que fazer do lugar que agente mora um lugar agradável então como ele passa o tempo todo no caminhão ele fez de lá seu paraíso tinha até uma redinha colada no vidro tudo muito moderninho pra um caminhoneiro ele disse que se casou muito novo

Mas que ainda era apaixonado pela mulher

Achei muito legal o modo como ele falou dos casamentos hoje em dia que todo mundo casa e separa muito rápido. Já era noite e nossa ultima carona foi com o seu Nilton e seu amigo, um senhor tão bobo que agente riu o tempo todo tinha apenas três dias que eles estavam bebendo afinal de contas ele não tinham nada pra fazer, deu aquele medo de serem dois tarados, bateu um medo que eu segurei firme na mão de Paty agente era doida nós não tinhamos coragem agente não tinha era juízo!

Ai ele perguntou onde íamos ficar, dissemos que iríamos no banco sacar dinheiro e que ficaríamos numa pousada, ele gentilmente cedeu a casa dele mas não aceitamos, já era bom demais a carona, mas pedimos pra deixar as coisas lá enquanto íamos ao banco, finalmente estávamos em porto seguro,eu tinha pouco dinheiro mas combinei com minha prima de pegar com ela e na volta acertava, ela tinha recebido o dinheiro das férias e não iria fazer falta afinal tinha que dava e sobrava. Fomos felizes no caminho escolhendo o que iríamos comprar, tantas coisas legais que agente escolheu nossa foi muito legal estar lá apesar da cidade estar vazia, isso não importava ficarimos numa pousada barata, almoçaríamos num restaurante legal, iríamos na praia e e tudo seria inesquecível.

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Não DEFINITIVAMENTE agente não era corajosa,
positivas sim por que agente ria todo dia e tinha um otimismo de dar inveja.

Mas otimistas sim, inocentes talvez por achar que tudo daria certo
por ter certeza que nada de mal nos aconteceria
por não ter duvida da sorte que nos acomparia
por saber que tudo que quisessemos seria realizado.
tinhamos fé esperança e isso talvez seria a tal coragem que falavam que possumios
e agente nunca conseguiu enxergar , hoje vejo
que esse otimismo todo essa fé na sorte
é sim uma coragem infantil de quem acha que nada de mal acontece
a quem tem bons pensamentos e bom coração ...


No mundo normal chamam essa coragem nossa de loucura
mas agente prefere que nos chamem de doidas
e foi isso que aconteceu todos os dias agente tinha algumas cetezas
agente ia comer escovar os dentes e ser chamadas de doidas

POR que não BAHIA ??

A sensação de algo legal e emocionante de verdade iria acontecer tomou conta da gente então lá estávamos nossa primeira carona senhor William um ex químico que preferiu ser caminhoneiro que seguir a carreira, tudo pra ter a sensação de liberdade que só quem está realmente na estrada sente, paramos num posto e pedimos carona a um senhor que quase negou carona pra gente mas depois ficou com pena de largar duas meninas tão doidas lá afinal estávamos tão engraçadas que ele até ficou com medo, Paty estava com uma bermuda blusa clara uma mochila e travesseiros na mão e um óculos gigante, eu com uma saia longa verde blusas branca mochila e travesseiro, duas tranças e um óculos preto gigante também, não parecíamos com nada que se pega carona na estrada

Apenas parecíamos duas meninas doidas que não sabiam o que estavam fazendo,
ele pergunto que se agente não tinha medo de fazer isso agente responde que não pois até então nunca tínhamos feito que se desse certo ia ser legal ele riu muito,
nunca conheceu pessoas tão positivas e corajosas achei um tanto exagerado corajosa eu e Paty?
Acho que não agente quando via uma barata em casa quase morria de ataque cardíaco uma vez Paty na tentativa deseperada de matar uma barata voadora jogou uma sandália no ar e conseguiu deixar a pobre coitada colada na parede, se sentiu uma heroína mas foi pura sorte, a barata ficou lá colada na parede dias como prova de sua coragem desajeitada ...
Eu então morria medo de ladrão em casa imagina aparece um e o que eu iria fazer? Com o mundo tão perigoso do jeito que estava!

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Dia seguinte um sol maravilhoso! Como era bom estar lá sabe aquela sensação de algo mágico acontecendo não sei se alguém percebeu isso tudo estava diferente. Nas dunas Edson Gomes e tribo de jah tocando ao fundo.

“tão longe mesmo quando estou tão longe distante na estrada distante em algum instante quando eu lembro você sorrindo não há nada, nada mais lindo que contemplar a beleza límpida a luz cristalina do teu olhar...”

Depois saindo das dunas fomos pro rio tomar banho

Três meninas mulecas brincado, esse dia ficou guardado pra sempre na minha mente os risos as bobeiras a sensação de ser livre somente livre nem que somente naquele segundo.

A noite aquele forrozinho legal a tal da catuaba que deixa qualquer pessoa mais animada (eu exatamente)

Realmente tinha valido a pena pois o que eu estaria fazendo se estivesse em casa ? nada de mais e estaria com tédio.

Fui dormir cedo não agüentei, o outro dia foi de tédio total choveu e iríamos embora no dia seguinte as meninas ainda tinhas feito amizade com uma turma legal mas eu tava dormindo, e o que tinha acontecido de diferente? Nada apesar de termos pego carona

Ali acabava nossa aventura. Eu queria arriscar mais queria ir mais longe, e alguém cofiaria em mim?



Eu queria ir algo me chamava pra ir, por que só saberia depois, eu sentia que tinha que ir, melhor dormir mesmo, chega de pensamentos malucos o mundo pede pra que vivemos padronizados trabalhar estudar, mas não exagerar se você pensar diferente você não faz parte da sociedade.





Dia seguinte acordei cedo fui ao museu conheci umas crianças lindas uma muito fofa que se chama Eduarda

Quero minha filha linda e doce igual a ela se um dia eu tiver uma é lógico!

Chego na casa um casal tava indo embora Carina iria com o casal de amigos dela sobrando assim duas vagas daí vem a idéia de ir pra Bahia, Paty sem pensar muito aceitou, e lá fomos nós rumo a Bahia de carona

mas pearaaa !!!!! bahiaaa ???